Testamento de uma Lua
Deixo de legado, meu
amargurado coração aos cuidados daquele que não soube amá-lo.
Meu bem mais precioso
deixo como se deixa uma esmola ou uma maldição. Para que ele se desespere ao
não mais escutar o pulsar sangrento, e lembre-se que jamais terá com quem discutir
outra vez ou mesmo quem rejeitar durante o dia e desejar durante a noite. Não
haverá mais voz. Deixo enfim, o silêncio.
Minha luz deixo, apenas, para os que podem ver, para os conviva das noites escuras, paras as sombras e para os cegos.
Minhas noites de Lua deixo para os insones que ao verem-me nascente se matam, em minha incessante busca, como se pudessem penetrar em minha alma. Nessas noites que batizo o suicídio dos sofredores, deixo o fim.
Deixo aos poetas o sofrimento da perda da musa inspiradora das musas.
Para o resto, deixo o resto... Os restos mortais de um dia o que se pode ser.
Deixo um céu vazio.
Minha luz deixo, apenas, para os que podem ver, para os conviva das noites escuras, paras as sombras e para os cegos.
Minhas noites de Lua deixo para os insones que ao verem-me nascente se matam, em minha incessante busca, como se pudessem penetrar em minha alma. Nessas noites que batizo o suicídio dos sofredores, deixo o fim.
Deixo aos poetas o sofrimento da perda da musa inspiradora das musas.
Para o resto, deixo o resto... Os restos mortais de um dia o que se pode ser.
Deixo um céu vazio.
Dona Lua
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