Todas elas Juntas num só ser...



Se um dia me surgisse uma moça
dessas que,com seus dotes e seus dons,
inspira parte dos compositores
na arte das palavras e dos sons,
tal como Madallene,de Jacques Brel
ou como Madalena,de Martinho
ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry
ou a manequim do tímido Paulinho
ou como,de Caymmi,a moça prosa
e a musa inspiradora Doralice;
se me surgisse uma moça dessas,
confesso que eu talvez não resistisse;
mas,veja bem,meu bem,minha querida,
isso seria só por uma vez.
Uma vez só em toda a minha vida,
ou talvez duas,mas não mais que três!





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Totalmente baseado em fatos oníricos!



Pois é, sonhei contigo.

Estávamos na casa de um amigo em comum do passado (embora não tenhamos amigos em comum) com tantas outras pessoas conhecidas e ilustremente desconhecidas.  Você sempre foi mais libidinoso do que eu, porém, nesse dia, nesse sonho, tudo que era pulso em mim latejava.

Havia um estranho formigamento em minha boca... ela queria seu membro. Assim, simplesmente lamber seu pau. Abocanhar incessantemente a sua rola (já que você gosta tanto de pronunciar essa palavra).

Num momento em que nos encontrávamos sozinhos na biblioteca da casa dei início à realização das minhas vontades. A poltrona usada para tantos momentos de aquisição cultural serviria de estrutura confortável para concretização da felação. Com minha mão direita te empurrei até a dita poltrona. Você  questionava-me com o olhar, mas, como sempre, não apresentou a menor resistência. Ajoelhei-me em sua frente como quem faria uma prece... uma súplica para que todos meus desejos impudicos fossem atendidos. Com as duas mãos abro a sua braguilha e eis que ainda despertando salta em minha face seu delicioso caralho,  o qual não tardei em acariciar com minha língua... e quanto mais ele crescia,  endurecia e palpitava,  mais aumentava a minha cobiça pelo seu gozo em minha boca.

Tão empenhada estava em seguir com a satisfação dos meus anseios, que não me dei conta quando alguns visitantes abriram a porta e quedaram-se ali, surpreendidos. Por um tempo assim ficaram até que, alguns tomados pela inveja, se fizeram anunciar. Ato que inibiu todos os meus esforços. Diante da parada brusca, no sonho, da busca pela minha catarse. 

Despertei perdendo tudo que estava quase conquistando. Levantei-me frustrada... contudo, ainda mantendo no plano real o desejo maciço de senti-lo se derreter em minha boca. 

Flor

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Mais uma dose...

Será que é assim, palpitante e morno, só porque não se consumiu?
Eu já descrevi a lembrança dele como morna outras vezes... E descreve bem.
Não é menos amado agora que o grande mistério se foi... Talvez seja até mais amado.
Tão perto... Tão engraçado e incrivelmente encantador.
Eu leio o que ele escreve e ouço o que ele me diz sem palavras. Queria estar em sua vida e estou.
Tenho tanta e tão plena certeza disso que chego a sentir tristeza.
O dia comum, a rotina... As bebidas, as contas pra pagar.
Não precisava ser assim... Não?
De fato eu não tenho como saber... Ninguém tem.
A fantasia dele nunca me fez mal... Eu chorei de saudade do que não vivi várias vezes... Mas um choro de propósito...Com a música devidamente escolhida e um espelho para que eu visse o meu sofrimento por amor.
Porque, apesar de tudo que sei agora, eu não mudaria nada. 

Eu não bebo whisky, mas tomaria um agora...

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Aprendendo a compartilhar

A fachada é de um restaurante. Na porta, dois seguranças indicam onde estacionar. Descemos e eu já não estava nem um pouco apreensiva. “Falei que viria, não falei?”
No primeiro ambiente, uma moça explicava as regras da casa, enquanto recebia pelo ingresso. Ainda ali já encontramos um rapaz com quem eu teclava há algum tempo. “Eles estão comigo”, disse, dirigindo-se à recepcionista. Sua mulher logo se juntou a nós... realmente muito solícitos, os dois nos acompanharam no caminho. Ao lado deste ambiente, uma escada nos levava ao local da festa. 
O ambiente era mais claro que o de uma boate. Ao centro, um pequeno palco. De um lado, mesas com duas poltronas cada. De outro, o bar. O casal nos indicou onde sentar, para acompanhar o show, e seguiu para receber outros convidados.
 Já ali percebi que a história não é como eu pensava. Ninguém estava fodendo no sofá ou se esfregando pelos cantos. Os casais, sentados, bebericavam drinks, enquanto os solteiros ‘paqueravam’ no bar.
Uma drag iniciou os trabalhos da noite. Brincadeiras descontraiam os iniciantes e empolgavam os veteranos. As apresentações se seguiram com shows de striptease e, a partir dali, as pessoas já procuravam as cabines. 
Ah, bem, detalharei os cômodos: Alem do palco e do bar, havia pequenas cabines com somente um banco e uma poltrona. Naqueles espaços era possível e aceitável fechar a porta, sem problemas. Uma destas cabines tinha buracos, em que era possível ver, ser visto, tocar e ser tocado (esse último, se assim desejasse). Havia também o tatame, uma espécie de cama redonda e bem grande, onde vários casais poderiam ficar juntos e o aquário, uma cabine com um vidro onde quem está fora vê o que se passa lá dentro. Os solteiros ou casais que quisessem olhar poderiam ficar a vontade. Havia, ainda, o labirinto. Um grande corredor escuro, que terminava em uma cabine grande. Ao passar ali, tudo poderia acontecer e não era necessário o consentimento para ser tocado.
A música era boa e, em geral, bastante sensual ou escolhida a dedo para ser dançada a dois. Em nenhum momento fui importunada, tocada sem consentimento ou passei por qualquer constrangimento. O casal que nos apresentou à casa e tantas outras pessoas que conhecemos trouxeram uma  nova identidade ao meu pensamento sobre o tipo de diversão que se pratica ali. Tudo é permitido, nada é obrigatório... mas a vontade de voltar é viciante. Ah, o casal propôs uma nova visita à casa, desta vez com interação entre nós e eles... Talvez eu conte algo aqui, caso aconteça.
Como saldo da noite: Cumplicidade, muitas caipiroscas, uns beijos e o telefone do stripper  (que me queria a todo custo) e, para minha surpresa, uma menina que visitou conosco uma das cabines.

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Fodamos

Fodamos, meu amor, fodamos presto.
Pois foi para foder que se nasceu.
E se amas o caralho, a cona amo eu;
Sem isto, fora o mundo bem molesto.
Fosse foder após a morte honesto,
"Morramos de foder!" seria o meu
Lema, e Eva e Adão fodíamos por seu
Invento de morrer tão desonesto.
É bem verdade que se esses tratantes
Não comessem do fruto traidor,
Eu sei que ainda fodiam-se os amantes.
Mas caluda e me enfia sem temor
Esse pau que à minha alma, em seus rompantes,
Faz nascer ou morrer, dela senhor.
                          E se possível for,
Quisera eu pôr na cona estes colhões
Que de tanto prazer são espiões.


Pietro Aretino

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Preferências e Literatura Indecorosa

Trecho do Texto Axilas,extraído do livro Axilas e Outras Histórias Indecorosas do autor Rubem Fonseca


"
...

A axila da mulher tem uma beleza misteriosamente inefável que nenhuma outra parte do corpo feminino possui. A axila, além de atraente, é poética. A boceta pulsa, e o cu é enigmático; são muito atraentes, reconheço, porém circunspectos, dotados de certa austeridade.

...

Sei que alguém gostaria de me perguntar: você fala em cu e boceta, mas usa axila em vez de sovaco. Por quê? A resposta é muito simples. Cu e boceta têm uma obscenidade fáustica, que ainda resiste ao uso e abuso desses termos nos dias atuais. Mas sovaco é uma palavra vulgar, de uma trivialidade reles.

...

Mas ainda falando de cu e boceta. Durante muito tempo esses foram os tesouros do corpo feminino que eu mais amei, os orifícios. O da boceta, gruta que quanto mais estreita, mais gratificante era o prazer que me proporcionava; e o do cu, uma toca, um buraquinho que se abria como uma flor caleidoscópica para receber o meu pênis. Contudo isso era no tempo em que o pênis era uma peça importante da minha arte amatória, em que o meu poeta favorito então era o Aretino, o clássico Pietro Aretino, que nasceu em Arezzo em 1492 e morreu em Veneza, em 21 de outubro de 1556.

Como dizia, isso era no tempo em que eu ainda não havia descoberto com a língua a a delicada textura do cu e da boceta,  que passei  a lamber  com um prazer jubiloso. Como o poema do Drummond, "a língua lambe, lambi-longa, lambilenta, a língua  lavra certo oculto botão, e vai tecendo lépidas variações de leves ritmos".  Sim, foi a minha fase de polir, de bajular com a língua os orifícios. Isso durou até eu conhecer o encanto inspirador da axila, o lugar perfeito para a língua. 

..."

Flor



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Aquela sede por uma só gota no sertão da minha boca...

Estar sempre ao seu lado, sentindo a sua respiração... Eu não quero isso.


Eu quero você ofegante de saudade. Eu quero a urgência do seu amor...

Eu quero sentir a sua falta a ponto de me assustar a noite com a certeza de que suas mãos estão percorrendo minhas costas...

“ Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.”

Não é que eu queira o maravilhamento do novo, não é só isso... Já não é novo, somos velhos conhecidos... Nossos corpos se moldam um no outro, já tomaram a forma do outro de tanto se juntarem.

É que eu acredito na sede e sei que é melhor, ainda que cansativo e perigoso, morar longe da fonte. Nada como verter litros e litros de água depois de uma grande sede. A maioria das pessoas procura uma fonte para si, e se propõe ser uma fonte para o outro... Mas não pessoas como nós.

“Eu quero tudo que há

O mundo e seu amor

Não quero ter que optar

Quero poder partir

Quero poder ficar

Poder fantasiar

Sem nexo e em qualquer lugar

Com seu sexo junto ao mar.. “

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Em legítima defesa batucou assim na mesa...

Para Maria



Façamos um trato esta noite... não sejamos tão realistas.


Você geme e suspira, eu ouço


enquanto minha boca te explora como louco


flutuando em luas surrealistas.


Façamos um trato esta noite... efêmera é esta carne que nos lacra.


O tempo pára enquanto te despes.


O mundo desaba quando te vestes.


Ama-me antes que o pudor te rasgue como faca.






Façamos um trato esta noite... as lágrimas são cristais do coração.


Eu sinto o fel em teus lábios maculados.


Vejo o abismo de teus olhos mascarados


que se escondem atrás de tormentos vãos...


Façamos um trato esta noite... não adianta fugir da própria vida !


Ainda temes a flor pelos espinhos.


Ainda crês que terminaremos sozinhos.


E o amor é não mais que uma mentira.


Façamos um trato esta noite... prometo te convencer na quietude


que o amor ideal é ao desfolhar dos dias


a felicidade nublando nosso ódio


e ter consigo sempre esta virtude.




Juca


**************

Nossa... Isso faz tanto tempo!

Bem que já dizia o poeta:

Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido. Woody Allen

E nesse caso nem é um amor não correspondido. Ele me amou... Ele me ama. Eu sei, eu quero acreditar.

Passou o tempo... os anos passaram... E ainda hoje quando eu releio: "Ama-me antes que o pudor te rasgue como faca." eu sinto o arrepio de antes.

Esse amor me fez crescer muito...Sim, um amor virtual. Não menos amor, não menos intenso, não menos engrandecedor... porque amor é amor. Não importa sua configuração.

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Meu Bem, Meu Mal

Você é meu caminho

Meu vinho, meu vício

Desde o início estava você



Meu bálsamo benígno

Meu signo, meu guru

Porto seguro onde eu voltei



Meu mar e minha mãe

Meu medo e meu champagne

Visão do espaço sideral



Onde o que eu sou se afoga

Meu fumo e minha ioga

Você é minha droga

Paixão e carnaval

Meu zem, meu bem, meu mal



Algumas músicas falam tanto de nós, dos momentos que vivemos... o que passou.

Eu não quero ficar sem você, não quero tê-lo... Por vezes eu queria deixar tudo como está. Parar por aqui. Sem danos.

Mas ele vem... e ele me ama. Eu sei, eu sinto.

Cada vez que ele chega, cada vez que ele sai... Eu sou feliz com ele!

Um tipo de amor cheio de emoções, de brincadeiras... Desses que dá medo de perder, de tão nosso. Parece mentira. Parece tão certo. Sempre esteve lá. Não. É novo. É forte. Tem gosto de antigo. Tem sabor. Vários gostos. É incerto. É como a vida, afinal.




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Vamos iniciar uma modalidade nova de concertos...

[C.] diz:




vamos iniciar uma modalidade nova de concertos



B. diz:



de que forma?



[C.] diz:



particulares



B. diz:



concertos particulares?



[C.] diz:



é



B. diz:



com a banda toda?



kkkkk



[C.] diz:



ai quem decide é quem propõe



B. diz:



hmmm



[C.] diz:



ou quem contrata



B. diz:



ok, ok



[C.] diz:



a contratante só precisa garantir a estrutura mínima para realização do show



B. diz:



Essa parte é a mais fácil



[C.] diz:



ok



então estamos caminhando para o agendamento de um concerto?



B. diz:



estamos?



[C.] diz:



como estamos fazendo testes, é algo mais informal



B. diz:



hahahahaha



[C.] diz:



mas requer o mesmo comprometimento



B. diz:



comprometimento é uma coisa muito séria, senhor contratado



[C.] diz:



opa!



B. diz:



to analisando, rs



[C.] diz:



comprometimento , sim. Pq firmado o acordo, ele precisa ser posto em prática







O contrato foi firmado, o concerto aconteceu e o som é.... uma delícia!

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Baby steps

Sentimentos difíceis de identificar... Acontece.

Mais complicado ainda quando uma pessoa te pergunta: O que é isso?

Você nunca tinha parado pra pensar. A indagação estava escondida dentro de você.

Você preferia não pensar a respeito?

Agora é tarde. Perguntaram pra você e fostes obrigada a pensar.

Eu estou pensando... Ainda não sei. Alguns dias serão necessários para que meus pensamentos se organizem...

O que eu quero?

Não sei, não sei mesmo!

Mas sei de algumas coisas que eu não quero.

Eu não quero passar a impressão errada pras pessoas.

Eu estou na vida, num planeta muito novo pra mim, baby steps.

Não quero ser compreendida, não vejo necessidade. Não é tão complicado assim.

Sabe, de uns tempos pra cá, vejo umas citações do Renato Russo e não acho mais tão legal o que ele dizia... Mas essa aqui está funcionando pra mim esses dias:

“Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal pra ir...”

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A doce presença de Anita







- Alô?!(Do outro lado, uma voz que passeava entre confusa e visivelmente irritada)


- Porque você não falou comigo?!


- Oi, amor! Eu... eu não sei. Acho que não estava preparada para este encontro.



- Preparada?! Era eu que estava ali, isso já deveria ser preparação o suficiente.


- Não é isso. Eu não queria que o nosso primeiro encontro fosse assim... uma coincidência.


(Ele já se acalmava, mas parecia perturbado com o que aconteceu)


- Eu te olhando, como quem espera qualquer migalha... e você?


- Meu amor, eu também te olhei...


- Eu sei disso. Sei bem. Vi e senti quando você passou bem na minha frente, ainda encostando em mim, entre as fileiras de cadeiras, caminhou até a sua poltrona.... (Ele começava a respirar mais forte e descompassado)....


- Eu só estava indo a uma sessão de cinema, amor... As cadeiras são numeradas, eu precisei passar na sua frente... (Ela provocava.)


- Não me provoca, menina. Vi como você passou, me fazendo querer te puxar ali mesmo...


- Ah, foi? Então eu consegui o que queria! (ela sorria e o deixava claramente incomodado)


- E como se não fosse o suficiente, você estava com aquele vestido curto. Vi quando sentou, cruzou as pernas.... E o cabelo?!


- Que tem o cabelo, meu amor?


- Você sabe... me deixa louco quando joga o cabelo daquele jeito. Você está me fazendo parte do seu joguinho, não é?


- Mas que joguinho, amor? Não tem joguinho nenhum. Nós nos encontramos, coincidentemente no cinema, só isso.


- Ah é? Então também foi coincidência você sentar em uma poltrona que me deixasse ver enquanto você acariciava suas coxas e me olhava com aquela cara de... aquela cara! Você sabe!


- Cara de puta, amor? Daquele jeito que você gosta?


- Caralho, menina. Você é mesmo uma Anita. A minha Anita... Você ainda vai me fazer cometer uma loucura, sabia?

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Sem os sentidos.

Do que me serve esta paixão?
Beijo sem boca no corpo etéreo,
mente cheia dos vazios que você me traz.
De que me mata esta saudade?
Gozo sem sexo, verdades abstratas.
Abstração...abstração...

Tua imagem é tortuosa e estática.
Corpo sem movimento, um sorriso congelado.
Não sei ao certo se estou presa
ao teu sim ou ao teu não.

E o que seríamos sem as palavras?
Que por nós amam, choram e se calam.
Nossas palavras se encontram e dançam,
uma dança esquisita... uma Valsa do Não.
Não poder, não tocar, não saber.

Me encontro contigo
nos monólogos do meu pensamento.
Um teatro. Projeção dos meus desejos.
Te invento, te crio, te convenço, te chamo pra dançar.
Tu me aceitas, me converte, me desejas,
nem mesmo sei se o “eu” que é teu, sou eu mesma...
Somos uma obra de arte,
perfeição presa na parede.
Imagens coloridas e ideais, admiradas e impenetráveis.
Impermeáveis... permeados por agonia e fantasia.
Plantados no eu, colhidos no espaço – que sou eu mesma.

Somos um imenso vazio...
preenchendo meus dias de ciúmes, saudades e espera.
Esperando o movimento, o gosto, os gestos,
penetração e experimentação de todos meus sentidos.
Sem nenhum sentido... sem nenhum sentido...




***

De algum lugar... De algum romance... De tudo que poderia ter sido e não foi.

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Descobertas

Lembro bem do início da noite.

Eu havia ido pr’aquele lugar me divertir com os amigos.
Já na sala de espera, eu brincava que, a julgar pelo público que a gente via, eu ia pegar mais gente naquela noite que nos últimos 2 anos.

Enfim, entramos.
O DJ já empolgava boa parte das pessoas. Dançamos como há tempos não fazíamos. O lugar estava ótimo e as pessoas, bem... havia muita gente bonita.

Depois de muito dançar, meus amigos e eu fomos até outro ambiente, com alguns sofás e pufes.
Mal sentamos, percebi duas meninas sentadas perto de nós.


Uma, loira, estava sentada na poltrona.
A outra, uma linda morena, estava sentada em seu colo.
A cena era, no mínimo, sexy.
Claro que elas perceberam que eu tinha olhado, se voltaram pra mim e sorriram.


Perguntei, só pra confirmar, se eram duas meninas.
Me disseram que sim.
Por algum motivo, olhei novamente para elas, que estavam se beijando.
A morena, então, lançou o desafio:

“E você, não vai fazer nada?”

E eu, que nunca tinha pensado na hipótese, fui lá e fiz. E foi uma ótima descoberta.



Lembro, agora, de Norma Lúcia, de A Casa dos Budas Ditosos: “Preferências, sim. Exclusividade, nunca!”

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Ele? Extremamente atraente... Mais velho, engraçado, “tirador de onda” e capaz de me convencer a fazer qualquer coisa, até fumar!!!(não o fiz, mas só porque...)

Não sou (nunca fui, não sei se serei) do tipo que dá em cima... Ainda mais que a namorada estava presente (muito legal ela, por sinal) e nada como seguir o sábio mandamento: “Não cobiçar o “alguém” do próximo, quando o próximo estiver próximo”...

Mas nada como uma tentação pra que a gente possa dar aquele sorrisinho de canto de boca e quando perguntarem:

O que foi?

Você dizer:

Nada não!

E pensar:

Ai ai... Bem que poderia ter sido...

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Quase um conto.

Eu trabalho em uma distribuidora de medicamentos. Ele, em um hospital.

Todos os dias precisávamos conversar por telefone, para que houvesse reposição dos remédios faltantes. Foi assim que começou nossa amizade.

Como eu precisava entrar em contato com o hospital várias vezes ao dia, muitos médicos e enfermeiros achavam uma tarefa cansativa rever os prontuários e me dizer quais medicamentos deveriam ser enviados. O Luís, pelo contrário, sempre atendia muito bem a todos da minha empresa.

Logo, o contato que era apenas por telefone começou a acontecer por outras redes sociais. Era mis prático, mais rápido e poderíamos conversar mais, não somente sobre o trabalho.

Certo dia, já estávamos suficientemente próximos, resolvemos nos encontrar pessoalmente. Na hora marcada ele estava lá em casa. Simpático, agradável, exatamente como parecia no contato inicial. Decidimos ir a um bar. Era por volta da meia noite. Conversamos sem parar até que nos anunciaram que o bar iria fechar. Ele me disse que, se eu estivesse disposta, poderíamos procurar outro. Assim fizemos. O encontro foi tão legal que terminou às 7 da manhã. Embora possa ser estranho, até o momento sequer citamos algo sobre envolvimento amoroso.

Às 13h, estávamos juntos novamente. Almoçamos e passamos uma tarde maravilhosa. E também a noite.

Nosso primeiro encontro durou quase 24h... e já marcamos o segundo e o terceiro.

A vida nos reserva boas surpresas... e o mundo também precisa saber destas coisas.


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Pequena Trilha Sonora








♪ Esmalte vermelho
Tinta no cabelo
Os pés no salto alto
Cheios de desejo
Vontade de dançar
Até o amanhecer
Ela está suada
Pronta prá se derreter...

Sempre tive esse grande defeito: não gosto de deixar as oportunidades passarem. Nenhuma. Às vezes, louca, quero vivê-las ao mesmo tempo. E como poderia deixar passar essa carne branca e macia se esfregando no meu corpo... esse cheiro de flor... esse cabelo vermelho e longo grudando no suor do meu corpo como se fosse várias mão me segurando enquanto ela sugava o doce que emanava dentre as minhas pernas.

♪ Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...

A paixão inebriante tira-nos do foco... mas, meu instinto gritava cruamente: “não existe lanche de graça”. Tanto tesão por mim, pela vida, pela arte... tanta aquiescência... algo se esconde de funesto nessa alma. Algo na minha alma não consegue aceitar a gratuita felicidade.

♪ Mas eu não sei se quero ou se não quero
esse insensato amor
que eu desconheço
e que nem sei se é falso ou se é sincero
que me despe e me vira pelo avesso

Com o tempo veio a intimidade... com esta a super-exposição a realidade...

O descomprometimento, a minha doação.

O desejo por liberdade, a minha possessão.

A leviandade, o meu cinismo.

O egocentrismo, a minha solidão.

♪ São tantas coisinhas miúdas,
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa, que faz tanto mal

Uma nova conversa, uma nova tentativa. Afinal, ainda é o mesmo cheiro, o mesmo gosto, a mesma pele, a mesma química... a iminência da perda, que torna toda necessidade mais ávida... ainda existem brasas.

♪ A paz é feita num motel de alma lavada e passada
Pra descobrir logo depois que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval aumentam os desenganos
Você vai pra Parati e eu pro Cacique de Ramos

E agora que cada uma já usurpou o que a outra tinha de melhor (sonhos, ambições, fantasias, critérios, audácia, bom senso...), correm para se antecipar ao final. As duas perdem, mas ao primeiro não é imputada a capa dignidade.

♪ A gente se engana, nem sei por que
Até diz que se ama
Mas depois que sai da cama
Já não tem mais nada a ver

Eu sei que é duro ouvir isso de mim
Mas, olha, eu te juro
Não podia imaginar
Que tudo terminasse assim


Roteiro musical:

Barão Vermelho – Puro Êxtase

Kleiton de Kleidir – Paixão

Simone – Medo de amar n. 2

Maria Bethania – Grito de Alerta

Leila Pinheiro – Cata-vento Girassol

Renato Terra – Coisa de Momento

Flor

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Eu, você, nós dois...


Eu, você, nós dois
Aqui neste terraço à beira-mar
O sol já vai caindo e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz,
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz
Lá em baixo se acendeu...
Você e eu

Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo
Aquele beijo

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O que que eu posso fazer?


O que eu posso fazer
Se quando você
Me beija
Tudo fica macio
E até o mundo
Me parece razoável... ?
Improvável
Te esquecer
Te beijar
É como gostar
De viver
Fecho os olhos
Pra te ver
E acreditar
Minha boca
E você
Abro os olhos
E onde é que
Foi parar
O resto todo
Do mundo?
Me vicia
...

Porque foi o Dia do Beijo... Porque esses dias eu o beijei e foi meio assim... Muitas pessoas, barulho e ele... No beijo intenso, macio e molhado eu fui me perdendo e parei de escutar os sons da rua. Quando tentei sair do beijo ele não deixou e então foram mais silêncios e mais calor... Separamos os lábios e ele partiu me deixando sem saber onde estava, porque estava, porque permanecia...

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Amor Platônico Parte I


Não há lugar que eu queira estar Mais que no teu pensamento

Perdi a noção do que nos pode acontecer
De quando é noite ou meio dia
Um frio atravessa a espinha, faz tremer
Apago a luz e faço um clima
Gosto da idéia de te ver chegar
Sentir teu corpo contra o meu
Ficar junto, falar tua língua
Gritar pro mundo que o amor valeu
Would you be my babyEu queriaWould you be my babyEu podiaWould you be my babyTudo com você

Tudo com Você - Vanessa Rangel
(corte nosso, digo, meu)


E o posso fazer? Eu tento não pensar... e aí ela vem e invade meus sonhos...

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Isso, eu acho!


Hoje pela manhã, ouvindo rádio, o locutor leu uma crônica sobre o Dia Internacional da Mulher. O autor, Ivan Ângelo na Crônica Todo dia é dia fala ( e agora vamos ao que eu entendi, ou quero entender) que há no Brasil muito mais mulheres que homens e que precisamos, segundo o poeta:

"Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto alegria e serenidade."



Precisamos de mais, e tendo homens de menos, haverá necessariamente um déficit.

Ele excluiu, sabiamente, as mulheres que dispensam o carinho dos homens, mas ainda assim vai sobrar.


Claro que as moças que não querem o carinho amoroso sexual dos homens, ainda terão o carinho dos amigos homens (heteros ou não)... Mas vá lá...

Onde quero chegar...


Se eu entendi direito, um homem vai ter que dar carinho, atenção, poesia, amor, amizade ... a mais de uma mulher por vez.


Eu conheço pouquíssimas mulheres que achariam essa ideia boa... Na verdade grande parte delas mandariam o Ivan pra *&%$#@ hahahahaha


Já EU, acho uma ótima ideia que a gente (homens e mulheres) dê amor, amizade, carinho, cafuné, chocolate, torpedos de madrugada, músicas, bilhetes, trepadas etc para as pessoas queridas, homens ou mulhres... Homens e Mulheres.

A gente tem uma coisinha egoísta de querer tudo pra gente, talvez nem sempre, mas alguma vez... e isso não é legal, não é saudável, não é justo.


Eu me identifico com a música Encontro da Gadu:" Quero um pouco mais Não tudo Pra gente não perder a graça no escuro No fundo Pode ser até pouquinho Sendo só pra mim sim"

Ainda tem a vontade de que o pouquinho seja só pra mim... e acredito que o que é nosso é nosso, mas que uma pessoa é muito mais... Uma só pessoa é várias e isso que dizer que temos condições de nos dar muito... mas pra mesma pessoa sempre, afoga!

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Vai entender...




Às vezes eu me esqueço de como os homens AINDA são bobos, imaturos... Será que esse tipo me persegue? Ou eles realmente ainda são assim?
Estava me lembrando agora do filme “Ele não está tão afim de você” que a primeira cena do filme é hilária: o garotinho empurra a menina na areia e diz que fez isso porque ela fede. Ela chora para a mãe e a mesma diz: “Aahh meu bem... Ele reage assim porque gosta de você!”
E a gente não entende, não é mesmo?!

Ultimamente está... Ou estava... Ou eu achava que estava pintando um clima com um carinha no meu trabalho... Ele é até charmoso... E cheiroso...Ui ui... Uma gracinha... ^^


Era “minha linda pra cá”... ”meu amor para lá”... ”E eu casaria com você”... “Que tal sairmos essa noite?!”... “vamos jantar?”... “Posso te dar uma carona?”... “Você está deslumbrante hoje!”
Ele vive me ligando... Me cantando... As conversas pelo MSN me deixam até envergonhada...


Mas quando o danado aparece... É só pra falar das gatas que ele pegou... Que deu show... Que marcou não sei quantos gols... Fica se exibindo para as pessoas da sala e na minha frente... E os outros bobões tudo achando graça... Tudo admirando o “Rei da pegação”! ¬¬
O engraçado é que ele faz isso e ainda fica me olhando com aquela cara de safado...

Aí depois vem me perguntar por que eu não quero nada com ele...

Eu mereço um negócio desse?! Até acho que sim, por ficar dando corda a esse tipo de homem!


Não dá vontade de mandar ele ir tomar naquele canto?!
Vai ser tabacudo assim na China... (que me perdoem os chineses... kkkkkkkk)

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O AMOR


Talvez
Quem sabe
Um dia
Por uma alameda
Do zoológico
Ela também chegará
Ela que também
Amava os animais
Entrará sorridente
Assim como está
Na foto sobre a mesa

Ela é tão bonita
Ela é tão bonita
Que na certa
Eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias

Agora vamos alcançar
Tudo o que não
Podemos amar na vida
Com o estrelar
Das noites inumeráveis

Ressuscita-me
Ainda
Que mais não seja
Porque sou poeta
E ansiava o futuro

Ressuscita-me
Lutando
Contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso

Ressuscita-me
Quero acabar de viver
O que me cabe
Minha vida
Para que não mais
Existam amores servis

Ressuscita-me
Para que ninguém mais
Tenha de sacrificar-se
Por uma casa
Um buraco

Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme

E o pai
Seja pelo menos
O Universo
E a mãe
Seja no mínimo
A Terra
A Terra
A Terra


As vezes eu esqueço que esse tal de Caetano Veloso é foda.

E é pra isso que servem as paixões... para que a gente criei novos olhos, ou que nossos velhos olhos possam rever o belo...

E ouvir:

"Ela é tão bonita
Ela é tão bonita
Que na certa
Eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias ..."

É exatamente o que me passa pela cabeça quando ela passa e dá Bom Dia!

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Vejam só que coisa mais trash!

Eu como moça que faz o tipo "fofa" fico passada quando chamam a Christina Aguilera de Gorda baleia saco de areia, apresentando esse shape de vestido preto, essa semana na SPFW.

Eu que acompanho dezenas de BLOGS de moda, maquiagem e tal... A maioria escrachava com a mulher e outros, menos radicais, falavam da "mudança de corpo" e se perguntavam se ela ia entrar ou não na dieta... Faziam enquetes para os leitores sobre o que achavam, mas a opções de resposta mostravam a opinião da revista.

Eu hein!

Ela é uma magrelinha bonita?
Eu acho...
Mas encorpada assim, tanto melhor...
Ora bolas!

Ela é uma celebridade, precisa da imagem e blá blá blá...
Mas esse mundo enaltecendo a magrelice exacerbada é de doer no coração...
Meros mortais, moças mais velhas até ficam noiadas com os quilinhos a mais, fazem um regiminho e vivem assim até a sexta em que abrem a dieta e tomam uns chopps que ninguém é de ferro...

Mas e as mocinhas, adolescentes e crianças que crescem vendo tv? Acabam tendo a certeza mais que absoluta de que só se é Linda, Diva, famosa, Celebridade e claro FELIZ se a gente for esquelética...

Tenha dó!

JuDolores

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Meio Almodóvar

Foi só um ensaio
Foi só um insight
Durou muito pouco
Doeu muito mais
Foi trailer de filme
Ensaio de orquestra
Foi jogo suspenso
No auge da festa
Foi curto e intenso
Canção de Caymmi
Foi meio Almodóvar
Foi meio Fellini
Foi como um cometa
No céu da cidade
Foi breve promessa
De felicidade
Eu morro de saudades do que era pra viver
E vivo da viagem de reencontrar você
Meus olhos do passado num futuro que nem sei
De tantas outras vidas
Mil pontos de partida
E todos os detalhes do que não aconteceu
Repetem o roteiro pra mostrar você e eu
O filme recomeça e nunca chega até o fim
E nessa nova vida
Não tem a despedida
Foi só a voz guia
Foi nem a metade
Foi estrela guia
Foi tanta verdade
Um mero rascunho
Mas foi divindade
Grafite no muro
Da minha saudade
Eu morro de saudades...


EU MORRO DE SAUDADE DO QUE ERA PRA VIVER com ele... Ele me encantou de maneira que eu não posso esquecer... Habita muito do que sou... Vive na minha fantasia e isso dói muito (às vezes).

Só que o grande lance, devo confessar, é que eu gosto que seja assim... É por ele que sofro... É dele que tenho saudade e é por ele que eu coloco aquela música, a nossa música, a música dele... Me pego sorrindo porque ouço a música que eu fantasiei que seria a música do nosso primeiro encontro. SIM, eu não o conheço, na verdade nunca o vi, sequer ouvi a voz que eu imaginava me fazer estremecer...

Ainda assim, com tudo isso que parece nada, eu o mantenho no mais morno lugar do meu coração. E olho pra ele e sei que ele me guarda (ainda que alguma coisa racional venha querer me envenenar com o contrário).

Aí, eu ouço uma música nova, que eu queria mandar pra ele, mas ele sumiu... Me deixou sem nunca ter estado comigo.

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Suor


O suor dele escorrendo pelo meu corpo...

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